Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa) nasceu em Vila Rica no ano de 1730
(não há registros oficiais sobre esta data). Era filho de uma escrava com um
mestre-de obras portuguesas. Iniciou sua vida artística ainda na infância,
observando o trabalho de seu pai que também era entalhador.
Por volta de 40 anos de idade, começa
a desenvolver uma doença degenerativa nas articulações. Não se sabe
exatamente qual foi a doença, mas provavelmente pode ter sido hanseníase ou
alguma doença reumática. Aos poucos, foi perdendo os movimentos dos pés e
mãos. Pedia a um ajudante para amarrar as ferramentas em seus punhos para
poder esculpir e entalhar. Demonstra um esforço fora do comum para continuar
com sua arte. Mesmo com todas as limitações, continua trabalhando na
construção de igrejas e altares nas cidades de Minas Gerais.
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Na fase anterior a doença, suas obras são marcadas pelo
equilíbrio, harmonia e serenidade. São desta época a Igreja São Francisco de
Assis, Igreja Nossa Senhora das Mercês e Perdões (as duas na cidade de Ouro Preto).
Já com a doença, Aleijadinho começa a dar um tom mais
expressionista às suas obras de arte. É
deste período o conjunto de esculturas A Passos da Paixão e Os Doze Profetas,
da Igreja de Bom Jesus de Matosinhos, na cidade de Congonhas do Campo. O
trabalho artístico formado por 66 imagens religiosas esculpidas em madeira e 12
feitas de pedra-sabão, é considerado um dos mais importantes e representativos
do barroco brasileiro.
A obra
de Aleijadinho
A obra de Aleijadinho mistura diversos estilos do barroco. Em suas esculturas estão presentes características do rococó e dos estilos clássico e gótico. Utilizou como material de suas obras de arte, principalmente a pedra-sabão, matéria-prima brasileira. A madeira também foi utilizada pelo artista.
Morreu
pobre, doente e abandonado na cidade de Ouro Preto no ano de 1814 (ano
provável). O conjunto de sua obra foi reconhecido como importantes muitos
anos depois. Atualmente, Aleijadinho é considerado o mais importante artista plástico do barroco mineiro.
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