Finalmente
foi encontrado ouro no Brasil. O grande sonho de Portugal, que vinha do século
XVI, agora dois séculos depois, torna-se realidade. A mineração marcou a economia
do Brasil no século XVIII. Provocando grandes mudanças na colônia e na política
da metrópole, que agora se tornou muito rigorosa e centralizadora. Afinal,
quanto mais ouro fosse para Portugal, melhor seria.
1-Quando
se espalhou a notícia de que havia sido descobertas jazidas de ouro na
colônia, um grande número de pessoas começou a sonhar em enriquecer
rapidamente.
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2-Elas
deixaram para trás tudo o que tinham, muitas vezes até a família, e correram
para a área mineradora. Aquelas que possuíam melhores condições levavam
consigo dois ou três escravos negros.
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3-Até
em Portugal houve a corrida do ouro. Tanta gente começou a sair para vir ao
Brasil que o governo português proibiu a emigração, com receio de que
faltasse mão-de-obra no país.
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4-Os
povoados começaram a surgir. Os exploradores reuniam-se em arraiais, formados
por cabanas de barro, próximo ás áreas das jazidas. Nunca deixaram de
construir uma capelinha.
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5-Alguns
desses arraiais desapareceram, porque foram abandonados assim que começava a
escassear o ouro na região.
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6-Outros,
porém, com a descoberta das grandes jazidas, prosperaram e transformaram-se
em muitas das importantes cidades da zona mineira.
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7-As
cidades tinham uma vida intensa. Por suas transitavam homens poderosos que
iam cuidar de seus negócios, mulheres ricas em liteiras carregadas por
escravos, pessoas pobres dirigindo-se para o seu trabalho e indigentes, que
esmolavam um pouco de comida. Esses eram geralmente, negros alforriados ou
mestiços que não conseguiam um trabalho regular e viviam em extrema miséria.
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8-Na
praça central da cidade destacavam-se imponentes edifícios: igrejas, a câmara
municipal e a cadeia. Entre eles ficava o pelourinho, símbolo da autoridade,
onde eram punidas, muitas vezes com açoites, as pessoas que cometiam delitos
e crimes.
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9-Os
grandes proprietários de lavras e de escravos, os altos funcionários da
administração pública e os grandes comerciantes moravam em imponentes mansões
e levavam uma vida confortável e luxuosa.
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10-Em
suas mesas sempre fartas, as porcelanas vinham da China ou da Índia, os copos
eram de cristal e os talheres de prata. Vestiam roupas de linho, cetim,
rendas, veludos, davam festas que duravam dias e eram servidas pelos escravos
domésticos que lavavam, limpavam cozinhavam, cuidavam das crianças.
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11-Uma
das formas de os mineradores ricos demonstrarem sua posição social era pela
construção de igrejas. Organizavam-se em grupos e mandavam construir uma
Igreja mais imponente e luxuosa que as outras. Para isso, contratavam
construtores, entalhadores, pintores, escultores e músicos. Muitos
profissionais vinham de Portugal, mas grande parte deles, principalmente os
músicos, era constituída de mulatos
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12-Nas
ruas estreitas e tortuosas da cidade ficavam as residências das pessoas
livres e pobres, os pequenos estabelecimentos comerciais (em que eram
vendidos os alimentos, tecidos grosseiros, bebidas, etc.), as hospedarias, os
armazéns, os depósitos e as oficinas dos artesãos (pintores, sapateiros,
alfaiates, carpinteiros).
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13-Mas
quem sustentava a riqueza das cidades do ouro? Mas uma vez, foi usada a
mão-de-obra do escravo negro.
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14-Na
mineração, os escravos também enfrentavam péssimas condições de trabalho. A
jornada começava muito cedo. Para extrair o ouro, abriam galerias, ficavam em
lugares pouco ventilados na água ou atolados no barro.
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15-Como
eram obrigados a minerar em lugares perigosos, com muita frequência sofriam
acidentes. Muitos morriam soterrados ou devido à queda de penhascos.
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16-
Eram vigiados pelo feitor e seus ajudantes, que os puniam por qualquer falta
cometida. Recebiam uma alimentação reduzida: feijão, farinha de milho e
toucinho. Quando, ao final do dia, paravam de trabalhar, eram obrigados a
formar uma fila para serem revistados, para ver se não tinham “ficado” com
ouro. Levados para a senzala, faziam uma refeição e eram acorrentados para
dormir.
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Organizar
uma apresentação ( em forma de programa de televisão).
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