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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A época do ouro.


Finalmente foi encontrado ouro no Brasil. O grande sonho de Portugal, que vinha do século XVI, agora dois séculos depois, torna-se realidade. A mineração marcou a economia do Brasil no século XVIII. Provocando grandes mudanças na colônia e na política da metrópole, que agora se tornou muito rigorosa e centralizadora. Afinal, quanto mais ouro fosse para Portugal, melhor seria.


1-Quando se espalhou a notícia de que havia sido descobertas jazidas de ouro na colônia, um grande número de pessoas começou a sonhar em enriquecer rapidamente.
2-Elas deixaram para trás tudo o que tinham, muitas vezes até a família, e correram para a área mineradora. Aquelas que possuíam melhores condições levavam consigo dois ou três escravos negros.
3-Até em Portugal houve a corrida do ouro. Tanta gente começou a sair para vir ao Brasil que o governo português proibiu a emigração, com receio de que faltasse mão-de-obra no país.

4-Os povoados começaram a surgir. Os exploradores reuniam-se em arraiais, formados por cabanas de barro, próximo ás áreas das jazidas. Nunca deixaram de construir uma capelinha.
5-Alguns desses arraiais desapareceram, porque foram abandonados assim que começava a escassear o ouro na região.
6-Outros, porém, com a descoberta das grandes jazidas, prosperaram e transformaram-se em muitas das importantes cidades da zona mineira.
7-As cidades tinham uma vida intensa. Por suas transitavam homens poderosos que iam cuidar de seus negócios, mulheres ricas em liteiras carregadas por escravos, pessoas pobres dirigindo-se para o seu trabalho e indigentes, que esmolavam um pouco de comida. Esses eram geralmente, negros alforriados ou mestiços que não conseguiam um trabalho regular e viviam em extrema miséria.
8-Na praça central da cidade destacavam-se imponentes edifícios: igrejas, a câmara municipal e a cadeia. Entre eles ficava o pelourinho, símbolo da autoridade, onde eram punidas, muitas vezes com açoites, as pessoas que cometiam delitos e crimes.
9-Os grandes proprietários de lavras e de escravos, os altos funcionários da administração pública e os grandes comerciantes moravam em imponentes mansões e levavam uma vida confortável e luxuosa.
10-Em suas mesas sempre fartas, as porcelanas vinham da China ou da Índia, os copos eram de cristal e os talheres de prata. Vestiam roupas de linho, cetim, rendas, veludos, davam festas que duravam dias e eram servidas pelos escravos domésticos que lavavam, limpavam cozinhavam, cuidavam das crianças.
11-Uma das formas de os mineradores ricos demonstrarem sua posição social era pela construção de igrejas. Organizavam-se em grupos e mandavam construir uma Igreja mais imponente e luxuosa que as outras. Para isso, contratavam construtores, entalhadores, pintores, escultores e músicos. Muitos profissionais vinham de Portugal, mas grande parte deles, principalmente os músicos, era constituída de mulatos
12-Nas ruas estreitas e tortuosas da cidade ficavam as residências das pessoas livres e pobres, os pequenos estabelecimentos comerciais (em que eram vendidos os alimentos, tecidos grosseiros, bebidas, etc.), as hospedarias, os armazéns, os depósitos e as oficinas dos artesãos (pintores, sapateiros, alfaiates, carpinteiros).
13-Mas quem sustentava a riqueza das cidades do ouro? Mas uma vez, foi usada a mão-de-obra do escravo negro.
14-Na mineração, os escravos também enfrentavam péssimas condições de trabalho. A jornada começava muito cedo. Para extrair o ouro, abriam galerias, ficavam em lugares pouco ventilados na água ou atolados no barro.

15-Como eram obrigados a minerar em lugares perigosos, com muita frequência sofriam acidentes. Muitos morriam soterrados ou devido à queda de penhascos.
16- Eram vigiados pelo feitor e seus ajudantes, que os puniam por qualquer falta cometida. Recebiam uma alimentação reduzida: feijão, farinha de milho e toucinho. Quando, ao final do dia, paravam de trabalhar, eram obrigados a formar uma fila para serem revistados, para ver se não tinham “ficado” com ouro. Levados para a senzala, faziam uma refeição e eram acorrentados para dormir.
Organizar uma apresentação ( em forma de programa de televisão).






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